quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Primeiros Socorros

Você sabe o que fazer se...

Acidente é acidente. A primeira coisa a fazer é evitá-los. Para isso não basta "ficar de olho" na criança. Precisamos adaptar os ambientes onde as crianças ficam para minimizar o risco.

Algumas coisas a observar são:

* Evitar que crianças entrem na cozinha
* Facas e outros objetos cortantes sempre devem ficar fora do alcance
* Cabo de panela fica para dentro do fogão
* Material de limpeza fora do alcance (não vale apenas dentro de armário baixo)
* Remédios fora do alcance
* Fios escondidos ou, no mínimo, de difícil acesso e monitorado o acesso a esses fios
* Tomadas tampadas
* Não permitir que crianças fiquem perto de água sem supervião (isso vale para baldes, banheiras, piscinas, etc)
* Cuidado com brinquedos e outros objetos pequenos para evitar engasgos...

Mas e se acontecer? Se ocorrer algum acidente?

É importante saber como agir em caso de intoxicações, engasgo, choque, convulsão, etc.

Converse com seu pediatra sobre as coisas que você tem dúvida tome, desde já, algumas providências.

1. Avalie se sua casa e os ambientes onde a criança passa muito de seu tempo estão organizados de forma a minimizar o risco de acidentes.

2. Se assegure de que quem está com seu filho sabe o que fazer em caso de acidente.

3. Tenha, à mão e de forma fácil, o telefone de contato do seu pediatra, dos pais da criança, do hospital de referência, centro de intoxicação, bombeiros, etc.

4. Se for deixar a criança com uma babá, deixe em casa o valor suficiente para a babá levar a criança ao pronto socorro (e em qual hospital ir) em caso de uma urgência real (é importante que antes ela entre em contato com você e com o pediatra, mas caso tenha que ir rapidamente ao hospital é melhor que não dependa de você chegar em casa para levar a criança)

5. Converse na escola do seu filho e saiba qual o protocolo deles para lidar com acidentes na escola.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Arrumando a Bagunça...

Brinquedo guardado não tem graça, não é? Para brincar, tem que tirar da caixa, do armário, da prateleira... Faz parte da brincadeira tirar o brinquedo do seu lugar.

Mas faz parte da educação ensinar a devolver o brinquedo ao lugar quando termina a brincadeira. O guardar, no entanto, não precisa ser traumático ou ruim. Mary Poppins já ensinou (para quem não viu o filme, é antigo, mas vale a pena) que quando a gente aprende a fazer as coisas de um jeito divertido, tudo fica mais gostoso!

Algumas dicas:

* Seja um exemplo - guarde também suas coisas e guarde junto com a criança

* Aprenda a ser tolerante também com o momento da criança - ordem sem exagero e sem excesso de cobrança

* Transforme o momento da organização em um momento de estar junto - um tempo que pode ser agradável

Alguns livros de dica:

* Beleléu - Patrício Dugnani

* Bagunçado ou Bem Guardado - Luíza Meyer

Os dois livros em breve estarão em nosso acervo e podem ser emprestados aos pais que quiserem utilizar com seus filhos. Para empréstimo de livros, contactar June - 91764666.

sábado, 16 de agosto de 2008

Um texto para reflexão...


Recebemos o texto abaixo da Lucely, mamãe da Clara, e achamos interessante compartilhar esta rica reflexão com vocês!

"Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.
'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira.
'Você acha que eu deveria ter um bebê?'
'Vai mudar a sua vida,' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.
'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .'
Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.
Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de carro, moto, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.
Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.
Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.
Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.
Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida, não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.
Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.
O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar talco num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.
Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.
Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.
'Você jamais se arrependerá', digo finalmente. Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe".
(Autor Desconhecido )

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Obesidade Infantil

A obesidade infantil tem aumentado significativamente nos últimos anos. Além da obesidade na infância, é importante lembrar que uma criança obesa tem maior risco de se tornar um adulto obeso.

Um grande presente que podemos dar a nossos filhos é ensiná-los a alimentar bem, contribuindo para a saúde atual e futura deles!

Algumas medidas básicas de prevenção são (lembrar que algumas recomendações devem ser ajustadas à idade e avaliadas caso a caso durante a consulta):

1. Comer 5 ou mais porções de frutas, vegetais e legumes ao dia
2. Evitar exceder 2 horas de "tempo de tela" (televisão ou computador)
3. Não ter televisão no quarto da criança
4. Fazer ao menos 60 minutos diários de atividade física vigorosa (tanto de forma estruturada como no próprio brincar)
5. Não consumir bebidas adoçadas
6. Comer desjejum ou café da manhã
7. Limitar a quantidade de refeições feitas fora do domicilio
8. Ter momento de refeição em família ao menos 5 a 6 vezes por semana
9. Permitir que a criança regule o volume de ingestão de alimentos e evitar restrição de alimentos (ou seja, uma criança deve ser permitida se alimentar de uma porção que a deixe saciada - nem mais, nem menos)

Fonte: Childhood Obesity: Highlights of AMA Expert Committee Recommendations - Goutham RAO et al. Am Fam Physician. 2008; 78(1): 56-63, 65-66.