sábado, 18 de abril de 2009

Guerra da Comida...


"Dra. Amarilis, meu filho realmente parou de comer nossa comida, nem a do nosso prato, ele quer. Resolvi ontem a noite fazer angu com couve e ele comeu. A impressão que tive é que ele não quer mastigar e sim comer coisas de fácil ingestão. Repeti hj no almoço e ele tb almoçou bem. Pode ser issso? Qual atitude devo tomar?"


Uma coisa importante de manter em mente é que são duas "batalhas" na tão comum "guerra da comida".

1a batalha: Se a criança vai ou não comer.

Essa não adianta tentar que quem vence, no final, é sempre a criança. Para ganhar da criança que se recusa a comer, só se fosse alimentá-la a força - e isso não vamos fazer. Primeiro porque queremos que a refeição seja agradável, interessante, estimulante... e não que seja um castigo ou uma invasão. Em segundo lugar porque, de fato, não se justifica violentar uma criança para garantir ingestão alimentar. E forçar a comer é, de certa forma, uma violência. Essa decisão - de se entra ou não a comida dentro da boca - pode ser da criança.

2a batalha: O que a criança irá comer.

Essa já dá para lutar - e ganhar. Tem uma idade que come "qualquer coisa", mas logo começam a conhecer alguns gostos e reconhecer os alimentos que mais gostam. Quando isso ocorre, começam a escolher o que querem comer. Viver à base de leite e Danoninho pode até ser suficiente para suprir as necessidades energéticas (calóricas) da criança, mas não garantem uma alimentação nutricionalmente adequada.

O que podemos - e devemos - fazer é dar à criança o direito de recusar a comida se ela não quiser comer. Dar à criança o direito de escolher entre alguns alimentos (por exemplo... quer banana? maçã? laranja?) a cada horário de refeição também é interessante - assim a criança sente que tem algum direito de escolha. Mas essa escolha não é do tipo "questão aberta". Ao invés de perguntar, "O que quer comer?" e correr o risco da resposta ser sempre "Danoninho! Chips! Chocolate! Biscoito!", deve-se formular a pergunta como "multipla escolha". Quer isso ou aquilo? E nessas opções inclua o que há de saudável na refeição familiar.

São poucas as crianças que no segundo ano de vida fazem todas as refeições balanceadas. O que buscamos é um equilíbrio alimentar ao longo do dia e da semana. Devem ingerir frutas, verduras, legumes, carnes, leguminosas... Mas não necessariamente farão isso em todas as refeições. Às vezes é frustrante fazer "comidinha especial" para essa idade pois corre-se o risco de naquela refeição a criança não comer nada.

Algumas regras de ouro:

1. Não force a criança a comer.

2. Se não comer naquela refeição, quando queixar fome, tente novamente a comidinha ou a próxima refeição que a criança teria (por exemplo, uma criança que não almoçou e uma ou duas horas depois quer comer pode almoçar a comidinha ou pode comer uma fruta).

3. Não substitua a refeição por guloseimas ou por mamadeira.

4. Substitua a mamadeira por copo, principalmente ao longo do dia.

5. Não desista. Só porque a criança recusou um alimento hoje não significa que não gosta ou nunca gostará dele. Dê um tempo de "descanso" e ofereça novamente em alguns dias ou semanas.

6. Respeite o limite de ingestão da criança. Se não quer mais não a force a comer tudo - não foi ela que definiu a quantidade a ser colocada no prato e pode ser que o limite de ingestão seja diferente do que você gostaria que ela ingerisse.

7. Dê autonomia à criança. Deixe que ele segure talheres, pegue na comida, brinque com as texturas e sabores, segure alimentos que possam ser comidos com as mãos (como pedaços de fruta, salada, macarrão...)

8. Deixe a criança participar da refeição familiar - o pré escolar aprende por imitação... e o melhor ensino é o exemplo.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Embarcando na Desafiadora Viagem ao Mundo Materno

Passageiras do vôo 001 com destino à Maternidade, embarque no Portão das Incertezas...


A maternidade é algo sonhado pela grande maioria das mulheres. Pode soar “forte”, mas temos que ter a consciência de que esta é uma viagem sem volta. Esta foi, para mim, a primeira coisa que veio carimbada em meu cartão de embarque: este bebê é seu para sempre! Tudo bem que sabemos que criamos os filhos para o mundo, mas a responsabilidade em educar, as preocupações e alegrias serão eternamente gravadas em nossas vidas.


Vivemos muitas coisas boas e muitas angustias também. O legal é descobrir que a maioria das mães passam pelas mesmas coisas que passamos e, a melhor das descobertas, que as dificuldades vão deixando de existir dia após dia. Claro que novas dificuldades vão surgindo, mas com o passar do tempo elas se tornam mais leves.


Várias pessoas dizem que comemorar o primeiro ano de vida de uma criança é algo para os pais e não para os pequeninos. Posso dizer que concordo, pois vencer as noites mal dormidas, as cólicas, as dúvidas sobre tons e formas de choro, criar rotinas, introduzir uma alimentação saudável, superar as viroses, chorar com as vacinas, voltar ou não ao trabalho, enfim, são tantas coisas em um espaço tão pequeno de tempo, que merece ser comemorado.


Tínhamos a nossa vida num ritmo todo nosso, éramos donos de nossos narizes, nossas vontades nos guiavam e, de repente, uma criaturinha tão sonhada vem para mudar tudo.


Você já sentiu a dor do cansaço? Não falo daquela causada por um grande esforço físico. Falo daquela dor que sentimos por ficar com raiva de não ter conseguido dormir direito porque o ser que mais amamos chorou a noite toda... pois é, já senti essa dor um montão de vez e outras dores também que só são curadas por causa desse tal amor. Ele é tão grande e tão imensurável, que conseguimos superar tudo.


Mas uma coisa muito importante que aprendi sobre esta viagem é que ela é recheada de descobertas e aprendizados. E que é a mais bela de todas que sonhamos um dia em fazer. Ela fica melhor quando nos livramos das culpas, dos pesos e apenas curtimos a maravilhosa paisagem que Deus nos presenteou: nossos filhos. Vamos errar, mas na maioria das vezes vamos acertar, vamos ter medo da altura do vôo que é possível alçar quando nos tornamos mãe, mas não podemos esquecer que temos a coragem para enfrentar esta rota desconhecida e que nosso principal combustível é o amor!


O que posso desejar a cada nova Mãe é que façam uma feliz viagem!



Texto contribuido por June de Souza



E é isso mesmo... A maternidade está cheia de momentos de intensa alegria e momentos também de dúvidas, de lágrimas e de incertezas. Que a viagem de cada um seja deliciosa sabendo que sempre que precisarem de ombro amigo ou de trocar idéias ou esclarecer dúvidas estamos à disposição.

7 de abril, Dia Mundial da Saúde




"O Dia Mundial da Saúde, comemorado no dia 7 de Abril desde 1950, celebra a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948.

Em cada ano, a OMS aproveita a ocasião para fomentar a consciência sobre alguns temas chave relacionados com a saúde mundial. Neste sentido, organiza eventos a nível internacional, regional e local para promover o tema escolhido em matéria de saúde.

Este ano, o tema em destaque - "Salvar vidas - Hospitais seguros em situações de emergência" - tem como objetivo realçar a necessidade de dimensionar e apetrechar os serviços de saúde, nomeadamente os hospitais, para as situações de emergência, assim como assegurar aos profissionais a preparação e a resiliência necessárias para intervir nessas situações.

Em definição dada pela OMS, ter saúde é garantir a condição de bem estar das pessoas, envolvendo os aspectos físicos, mentais e sociais das mesmas, em harmonia”.
Neste dia, desejamos a todos saúde física, mental, social e espiritual a todos!