domingo, 26 de junho de 2011

Porque não ser tímido?!

A reflexão é válida para todos - e principalmente para quem trabalha com crianças. Não é incomum pais me questionarem sobre como "tratar" crianças que consideram "problema" ou que as escolas ou berçários referenciam como "problemáticas" só porque estão um pouco fora da média ou porque estão fora do padrão socialmente aceito. Temos visto um enorme número de diagnósticos (creio que muitas vezes exagerado) de DDA e Hiperatividade e até mesmo de autismo...

É o tratamento da "normalidade"... mas será que o normal deve ser medicado ou anestesiado?!

Enfim... Acredito que seja função dos pais, educadores, pediatras, psicólogos ajudar as pessoas a descobrirem sua forma de interagir com o mundo e serem "ajustados" o suficiente para conseguirem participar da comunidade que os rodeia. No entanto, temos sempre que ter o cuidado de respeitar a individualidade e evitar o conformismo e a "robotização" transformando todas as pessoas em seres iguais...

O caladinho que ouve mais que fala deve, sim, ser estimulado a falar... mas não deixar de ouvir. O introspectivo que tem a habilidade de "entrar para a caverna" e criar dentro de um mundo que só ele vê deve ser encorajado a aprender a interagir, mas não precisa abrir mão desse mundo... E, muitas vezes, se mudarmos a nossa escuta, podemos perceber que às vezes esse outro olhar, essa visão meio "fora do quadrado" tem muito mais a oferecer que nós imaginamos...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Transformando a Leitura em uma Aventura

Li uma dica super interessante para transformar a leitura em uma aventura.

A idéia é encher uma caixa de "acessórios" para a leitura. Lanternas, lupas, marcadores de livros, clips, espelhos, post-its, cobertas para criar tendas escuras, etc.

Quantas formas podemos inventar para ler e reler um livro com criatividade?!


domingo, 29 de maio de 2011

Dicas de como estimular a leitura...

Esse site tem umas sugestões sobre como estimular a leitura em casa - transformando sua casa em uma "biblioteca" com livros por todo canto.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Investindo na "mente" da sua criança

É inegável que as crianças são diferentes e os caminhos e processos mentais de cada uma delas é singular. Criar filhos é aprender a arte de interpretar o não dito, de redescobrir o mundo e tentar ver "como se da primeira vez" para se dar o direito de ver como nunca antes você viu. Entender o filho significa dar espaço para o diálogo e para ouví-lo mesmo quando desafiam a lógica...

Contribuir para o crescimento cognitivo e intelectual do seu filho vai muito além de escolher uma boa escola. A contribuição do ambiente familiar é inegável para a educação de uma criança.

Um artigo ressalta alguns pontos importantes para pais que querem criar um ambiente familiar propício para seus filhos. Traduzo as sugestões e deixo o link para o artigo original (que está em inglês).

* Pais que aprendem sobre funções de neurodesenvolvimento em geral e são vigilantes e responsivos aos perfis de seus filhos.

* Pais que são os principais detectores precoces de disfunção.

* Pais que agem como mestres benevolentes, ensinando seus filhos a trabalhar.

* Pais que procuram e nutrem facilidades e afinidades individuais em seus filhos.

* Pais que são advogados e defensores de seus filhos sem que "lutem as batalhas deles".

* Pais que funcionam como ouvintes interessados e envolvidos.

* Pais que colaboram e comunicam ativamente com as escolas.

* Pais que são exemplo de algum tipo de atividade intelectual (leitura, escrita, ida a museus).

* Pais que elogiam seus filhos regularmente.

* Pais que demonstram amor e respeito pelos seus filhos.

* Pais que se tornam consumidores educados da educação de seus filhos e intervenções que podem ser necessárias.

* Pais que garantem uma atmosfera intelectualmente estimulante para que linguagem, literatura e cognição sejam fortalecidos no lar assim como na escola.

* Pais que ajudam seus filhos a desenvolver táticas organizacionais e estratégicas eficientes para realização de trabalho.

* Pais que têm o cuidado de tratar irmãos como indivíduos, pessoas que podem ser diferentes em suas forças e fraquezas.

* Pais que são consultores sensíveis ao trabalho escolar de seus filhos, mas não fazem o trabalho por eles.

* Pais que estabelecem um estilo de vida que equilibra liberdade com responsabilidade e estrutura com oportunidades para auto-expressão expontânea.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sugestões

Esse site tem várias dicas interessantes para quem mora em BH! :)

O link é para o texto de uma amiga sobre algumas programações para bebês e crianças pequenas em Belo Horizonte:

terça-feira, 1 de março de 2011

Desmame e Obesidade

Mais um estudo mostra a associação entre desmame precoce e introdução precoce de alimentos sólidos e obesidade na infância.

O estudo mostrou que em crianças que receberam fórmula ou foram desmamados do leite materno antes de 4 meses de idade, a introdução precoce de sólidos (antes de 4 meses de idade) estava associada a maior risco de obesidade aos 3 anos de idade.

Esse estudo, como outros, fortalece a idéia de que o melhor alimento para a criança nos primeiros meses de vida é o leite materno exclusivo. E, mesmo quando recebendo fórmula ou leite materno com complemento de fórmula, não se justifica introduzir outros alimentos precocemente.


É importante sempre seguir as orientações de seu pediatra em relação à introdução de alimentos, principalmente no primeiro ano de vida!

Fonte: PEDIATRICS Vol. 127 No. 3 March 2011, pp. e544-e551 (doi:10.1542/peds.2010-0740)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mundo Digitalizado - Você está preparado?!

Olá a todos!

Recebi um "link" e resolvi reencaminhar (é um filminho bem rápido no You Tube - direcionado prioritariamente a educadores na América do Norte). Não que eu ache que meios "tradicionais" de educação não sejam importantes. E acho que devemos garantir a nossos filhos a oportunidade de brincar livremente, subir em árvore, usar a imaginação, brincar com terra, fazer desenho livre... Enfim! Pessoalmente, passei umas férias com Mateus em que a maior parte do tempo ele ficou sem mesmo a ajuda dos "brinquedos formais" e inventou milhares de brincadeiras (sozinho ou acompanhado de amiguinhos) usando coisas inusitadas como folhas, galhos e os brinquedos mais básicos que ele tinha. Lemos inúmeros livros e "encenamos" histórias. Inventamos histórias a partir de rabiscos feitos em conjunto. Brincamos, por horas, de lego criando coisas que existem no mundo que nos rodeia ou coisas malucas que só existem em nossas imaginações... Criança tem que ter direito de ser criança, não é?!

Mas é inegável que a tecnologia está aí... E é inegável também que nossos filhos, alunos e/ou pacientes são uma geração infinitamente mais "tecnológica" que a nossa (que já é infinitamente mais tecnológica que a dos nossos pais)...

Então fica um desafio de como educar e como orientar os pais de nossos pacientes (ou alunos, no caso dos educadores) a usar a tecnologia de forma sábia... a não negar a existência dela, mas não supervalorizá-la e a conhecê-la o suficiente para, no mínimo, saber avaliar o uso que seus filhos (principalmente adolescentes e pré-adolescentes) fazem dela.

O filme coloca uma grande responsabilidade para a escola, principalmente. Mas creio que é um desafio conjunto - escola e pais - e que deve ser abordada por todos. E creio que quem lida com crianças e adolescentes deve, no mínimo, estar atento (e com olhar crítico, mas aberto) para ouvir e se fazer ouvido através da linguagem falada por essa geração de pequenos...

Afinal... meu filho de 3 anos - em UMA sentada "acidental" no computador do avô - descobriu que se ele apertava o "M" (que ele reconhece como o nome dele) aparecia "M" na tela do computador. Ele nem está - do ponto de vista educacional - na fase "forma" de pré alfabetização. Esse não foi objetivo educacional nem da escola (muito menos meu) na vida dele ainda. Mas apesar dele estar longe de ser capaz de traçar, com um lapis, a inicial do nome dele, ele já sente que "escreveu" o nome dele pela primeira vez. Quantas outras coisas ele nào será capaz de fazer - de forma digital ou virtual - muito antes de poder realizar no mundo "real"? Quanto disso é positivo? Como estimular a escrever com lapis (e achar legal) depois de ter já aprendido a "catar letrinha" num teclado?

A minha casa é CHEIA de livros - para todas as idades. A biblioteca do meu filho tem mais de 150 exemplares e lemos muito, todos os dias. Mas apesar dele não ter ainda lido livros digitais, ele já conhece meu "e-reader" e já o reconhece como livro. Um coleguinha dele da escola tem uma cópia digital de um livro querido (Cat in the Hat - Dr Seuss) e já curte "ler" sozinho o livro no ipad e "ler" (ele tem 3 anos) de forma interativa com a tela... Ainda não quis introduzir esse mundo ao Mateus... prefiro os de papel... mas por quanto tempo serão só os de papel?

Desafios... minha mente ficou aqui divagando... e já tenho percebido inquietação nesse sentido por parte dos meus pacientes com filhos mais velhos... e agora vislumbro isso como mãe... E deixo o link para a curiosidade dos colegas que também trabalham com "pequenos"!


Abraços,
Amarilis