quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mundo Digitalizado - Você está preparado?!

Olá a todos!

Recebi um "link" e resolvi reencaminhar (é um filminho bem rápido no You Tube - direcionado prioritariamente a educadores na América do Norte). Não que eu ache que meios "tradicionais" de educação não sejam importantes. E acho que devemos garantir a nossos filhos a oportunidade de brincar livremente, subir em árvore, usar a imaginação, brincar com terra, fazer desenho livre... Enfim! Pessoalmente, passei umas férias com Mateus em que a maior parte do tempo ele ficou sem mesmo a ajuda dos "brinquedos formais" e inventou milhares de brincadeiras (sozinho ou acompanhado de amiguinhos) usando coisas inusitadas como folhas, galhos e os brinquedos mais básicos que ele tinha. Lemos inúmeros livros e "encenamos" histórias. Inventamos histórias a partir de rabiscos feitos em conjunto. Brincamos, por horas, de lego criando coisas que existem no mundo que nos rodeia ou coisas malucas que só existem em nossas imaginações... Criança tem que ter direito de ser criança, não é?!

Mas é inegável que a tecnologia está aí... E é inegável também que nossos filhos, alunos e/ou pacientes são uma geração infinitamente mais "tecnológica" que a nossa (que já é infinitamente mais tecnológica que a dos nossos pais)...

Então fica um desafio de como educar e como orientar os pais de nossos pacientes (ou alunos, no caso dos educadores) a usar a tecnologia de forma sábia... a não negar a existência dela, mas não supervalorizá-la e a conhecê-la o suficiente para, no mínimo, saber avaliar o uso que seus filhos (principalmente adolescentes e pré-adolescentes) fazem dela.

O filme coloca uma grande responsabilidade para a escola, principalmente. Mas creio que é um desafio conjunto - escola e pais - e que deve ser abordada por todos. E creio que quem lida com crianças e adolescentes deve, no mínimo, estar atento (e com olhar crítico, mas aberto) para ouvir e se fazer ouvido através da linguagem falada por essa geração de pequenos...

Afinal... meu filho de 3 anos - em UMA sentada "acidental" no computador do avô - descobriu que se ele apertava o "M" (que ele reconhece como o nome dele) aparecia "M" na tela do computador. Ele nem está - do ponto de vista educacional - na fase "forma" de pré alfabetização. Esse não foi objetivo educacional nem da escola (muito menos meu) na vida dele ainda. Mas apesar dele estar longe de ser capaz de traçar, com um lapis, a inicial do nome dele, ele já sente que "escreveu" o nome dele pela primeira vez. Quantas outras coisas ele nào será capaz de fazer - de forma digital ou virtual - muito antes de poder realizar no mundo "real"? Quanto disso é positivo? Como estimular a escrever com lapis (e achar legal) depois de ter já aprendido a "catar letrinha" num teclado?

A minha casa é CHEIA de livros - para todas as idades. A biblioteca do meu filho tem mais de 150 exemplares e lemos muito, todos os dias. Mas apesar dele não ter ainda lido livros digitais, ele já conhece meu "e-reader" e já o reconhece como livro. Um coleguinha dele da escola tem uma cópia digital de um livro querido (Cat in the Hat - Dr Seuss) e já curte "ler" sozinho o livro no ipad e "ler" (ele tem 3 anos) de forma interativa com a tela... Ainda não quis introduzir esse mundo ao Mateus... prefiro os de papel... mas por quanto tempo serão só os de papel?

Desafios... minha mente ficou aqui divagando... e já tenho percebido inquietação nesse sentido por parte dos meus pacientes com filhos mais velhos... e agora vislumbro isso como mãe... E deixo o link para a curiosidade dos colegas que também trabalham com "pequenos"!


Abraços,
Amarilis