terça-feira, 12 de maio de 2009

Febre

A febre não é uma doença. É um sinal de alerta que vem acompanhada de toda uma “batalha” travada pelo nosso sistema imunológico de defesa. Com o aumento da temperatura, há uma resposta do corpo facilitando e potencializando a ação de nosso sistema imunológico. Sendo assim, a febre é, além de sinal de alerta, uma das formas do corpo reagir à agressão por agentes infecciosos (como vírus e bactérias).

No entanto, a febre causa desconforto e, quando muito elevada, o “custo” da febre para o corpo pode ser maior que os “benefícios” que ela traz no combate à infecção. Por isso, medicamos as febres.

Classificamos como febre as temperaturas acima de 37,8°C ou, segundo alguns autores, 38°C. Temperaturas abaixo disso (como 37,5°C) não correspondem a febre, mas podem cursar com mal estar, incômodo e merecerem medicação para alívio desses sintomas, mesmo que o medicamento não abaixe a temperatura.

O objetivo do tratamento da febre não é de abaixar a temperatura até 36,5 ou 37, como é a expectativa de muitas famílias. O objetivo é manter a temperatura e os sintomas em um nível de conforto. Se, após ser medicado, o seu filho mantiver uma temperatura em torno de 37,5 a 38, mas houver melhora do mal estar e desconforto que estava sentido antes, então o objetivo do antitérmico foi alcançado.

Em algumas situações, a febre deve ser abordada com mais cuidado. Em caso de febre acima de 39°C, aumentos rápidos de temperatura, febre em pacientes que apresentam outras doenças como diabetes, cardiopatias e pneumopatias, lactentes e crianças com história familiar ou pessoal de convulsão febril, etc.

A febre é um sinal de alerta e, como tal, deve ser valorizada. No entanto, são muitas as doenças que cursam com febre. Por isso, cada caso é um caso e a conduta deve ser sempre individualizada.

Sempre que seu filho tiver febre siga os seguintes passos:

1) Medique e garanta o conforto sintomático do seu filho;
2) Anote em um papel a “curva térmica” (horários, temperatura e se foi ou não medicado, com qual medicamento e qual a dose)
3) Entre em contato com o pediatra para discutir quando seu filho deverá passar por uma avaliação clínica e, se são necessárias, outras medidas e/ou exames.

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